EQUIPAMENTOS QUE COMPÕEM UM KIT SOLAR FOTOVOLTAICO
Mas qual a função de cada componente do sistema? Vamos detalhar cada um deles a seguir.
Módulos Fotovoltaicos
São os responsáveis pela conversão direta da luz solar incidente sobre eles em energia elétrica. São comumente confeccionados a partir de células de silício e possuem diversas possibilidades de fabricação e tecnologias, que veremos em outro momento (monocristalino, policristalino, PERC, Half Cell, Multi bussbar, etc.) e que afetam sua eficiência e preço, devendo ser analisado a melhor aplicação para cada caso.
Inversor Grid-Tie
O inversor fotovoltaico é o equipamento responsável por converter a energia elétrica em corrente contínua gerada pelos módulos fotovoltaicos, em energia elétrica em corrente alternada, no mesmo padrão da energia que recebemos da concessionária de energia (Tensão 220V, 380V, frequência 60Hz, etc.). Possuem diversas potências disponíveis, que comportam uma quantidade diferente de módulos fotovoltaicos.
Basicamente, podemos resumir os inversores fotovoltaicos em 3 subcategorias: microinversores, inversores string e inversores centrais.
Os microinversores são componentes que costumam trabalhar os módulos de maneira individual, otimizando a geração de cada painel. Comumente encontra-se no mercado microinversores com conexão para 2 ou 4 módulos FV. São utilizados principalmente em sistemas residenciais e pequenos comércios, devido ao custo-benefício para sistemas maiores não ser tão atrativo. Possui a vantagem de ser monitorado módulo a módulo individualmente, com uma MPPT por módulo FV.
Os inversores string possuem potências de 2kW até 125kW no mercado de hoje. Diferentemente dos microinversores, trabalham com strings de módulos fotovoltaicos (12, 15, 20, 25 módulos conectados em serie), gerando tensões de trabalho de 1000V, 1500V em uma string. Como são todos conectados em série, é possível monitorar uma string de módulos, e não módulos de forma individual. Existem modelos desde 1MPPT até 9MPPT’s em um único inversor. São comumente instalados em sistemas residenciais e comerciais de porte pequeno e médio.
Já os inversores centrais são ideais para instalações em grandes usinas fotovoltaicas. São robustos, podendo chegar a alguns megawatts de potência em uma unidade. De forma geral possuem apenas uma MPPT, pois em usinas é comum que todos os módulos possuam a mesma orientação/inclinação.
Controlador de carga
O controlador de carga é um equipamento utilizado apenas em sistemas offgrid, que são conectados a baterias, pois a sua principal função é fazer o controle entre o carregamento/descarregamento da bateria de acordo com a geração de energia disponível no momento e também o consumo do local. Pode ser utilizado em conjunto com um inversor fotovoltaico em sistema offgrid, porém hoje há inversores offgrid / híbridos que possuem um controlador de carga interno a ele, dispensando a necessidade de 2 equipamentos separados.
Baterias
As baterias são responsáveis por armazenar a energia excedente gerada pelos painéis fotovoltaicos, a ser utilizadas em outro momento de necessidade, que não houver geração de energia suficiente. São carregadas ou descarregadas de pelo controlador de carga, de acordo com o projeto desenvolvido. Descargas profundas (maior descarregamento durante o dia) demandam menos unidades, mas as baterias possuirão uma menor vida útil.
Stringbox / Caixa de junção
São os equipamentos responsáveis pela proteção e seccionamento seguro do sistema fotovoltaico. Possuem em seu interior seccionadoras, disjuntores, fusíveis e DPS com as especificidades próprias para atuar em momentos necessários e proteger os demais equipamentos do sistema FV. São imprescindíveis para um funcionamento correto e seguro da instalação.
Estruturas de fixação
Em geral, as estruturas para fixação dos sistemas fotovoltaicos em telhados e/ou lajes são fabricadas em alumínio, material mais leve e resistente a corrosões. Já para grandes usinas fotovoltaicas de solo, é mais comum a utilização de aço galvanizado devido ao custo.
Seja em solo, seja em telhados ou lajes, é fundamental que seja feita uma análise estrutural por parte de um engenheiro civil, para garantir que o telhado/cobertura suporte, e que a fundação estará bem feita, em caso de instalação no solo. Também é fundamental verificar os ensaios das estruturas, assim como resistência a corrosão.